Israel iniciou uma nova fase da guerra contra o Hezbollah, deslocando tropas para a fronteira norte, próximo ao Líbano, nesta quarta-feira (18). Segundo o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, a operação tem o objetivo de combater a crescente ameaça do grupo extremista, que tem realizado bombardeios no norte de Israel desde outubro de 2023. O ataque mais recente, coordenado por Israel, envolveu a explosão de pagers e outros dispositivos eletrônicos usados pelo Hezbollah, matando mais de 20 pessoas e deixando milhares de feridos relacionados com o grupo terrorista.
O Hezbollah, que controla parte do território libanês, acusou Israel de planejar o ataque, embora o governo israelense não tenha confirmado sua autoria. No entanto, o país notificou os Estados Unidos sobre a operação antes de sua execução. Uriã Fancelli, especialista em relações internacionais, afirmou que “os sinais indicam que Israel pode estar se preparando para uma resposta mais agressiva e arriscada” ao Hezbollah, o que poderia abrir uma segunda frente de guerra na região, segundo relatou o G1.
Apesar da escalada, os Estados Unidos se posicionaram contra uma guerra mais ampla, com o enviado Amos Hochstein alertando que tal conflito poderia dificultar o retorno dos civis israelenses ao norte e afastar a possibilidade de um cessar-fogo. Enquanto isso, o Líbano solicitou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, que será realizada na sexta-feira (20), para discutir a situação na fronteira.