A primeira-dama Janja Lula da Silva representará o Brasil nas Olimpíadas de 2024 em Paris, onde se reunirá com o presidente francês Emmanuel Macron e a primeira-dama Brigitte Macron. Essa missão diplomática, geralmente desempenhada por autoridades como o chanceler, ministros ou embaixadores, tem gerado críticas, por conta da nomeação de Janja, que não possui um cargo público oficial para exercer uma função de alto nível na diplomacia brasileira.
A presença da primeira-dama como representante oficial do Brasil em eventos internacionais importantes, como a recepção oferecida por Macron a chefes de Estado e governo, pode sugerir uma sobreposição de papéis. A diplomacia brasileira, tradicionalmente conduzida por profissionais do Itamaraty, é vital para a defesa dos interesses nacionais e para o diálogo com outros países. A decisão de Lula de enviar sua esposa, em vez de designar um chanceler ou embaixadores, pode ser vista como uma centralização inadequada de poder e uma substituição de diplomatas experientes por figuras sem mandato oficial.
Durante sua estadia em Paris, Janja também participará de um encontro com o Comitê Gestor da Conferência de Prefeitos da Rede C40 para Ação Climática e de um jantar oferecido pelo presidente do COI, Thomas Bach. Além dos encontros com líderes franceses, Janja estará envolvida em eventos relacionados à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e à promoção turística do Brasil. Contudo, a designação de alguém sem formação ou posição oficial na diplomacia para tais funções pode comprometer a representação e a imagem do Brasil no exterior.