Durante o encontro da Comunidade Política Europeia no Palácio de Blenheim, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um discurso direcionado a Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, devido às suas recentes tentativas de aproximação com Moscou. Zelensky destacou a importância da unidade europeia na luta contra a Rússia, alertando sobre as possíveis traições internas: “Mantivemos a unidade na Europa agindo em conjunto, o que significa que Putin falhou nos seus objetivos principais. Esta é a nossa vantagem, mas continua sendo uma vantagem apenas enquanto estivermos unidos”, disse ele.
Paralelamente, a Rússia tem considerado a implantação de mais mísseis nucleares em resposta à recente decisão dos EUA de estacionar Tomahawks na Alemanha. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Ryabkov, não descartou nenhuma opção e afirmou que a Rússia escolherá a resposta mais eficaz, também do ponto de vista dos custos. “Não estou descartando nenhuma opção”, enfatizou Ryabkov, sublinhando a preocupação com a defesa do enclave russo de Kaliningrado.
A situação poderia ter uma solução com a perspectiva de uma política externa diferente dos EUA sob uma possível administração Trump. Viktor Orbán, em uma carta vazada recentemente, afirmou que Trump possui planos detalhados para a paz entre a Rússia e a Ucrânia e que sua vitória poderia mudar significativamente a carga financeira do apoio à Ucrânia, desfavorecendo a UE, enquanto o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, expressou que a Rússia está pronta para cooperar com qualquer líder americano disposto a um “diálogo equitativo e mutuamente respeitoso”.