A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, Tony Estanguet, nadaram no rio Sena nesta quarta-feira (14) para demonstrar a qualidade da água, agora apta para as competições olímpicas, revelando os resultados de um projeto que, desde 2018, levou a França a investir mais de 1,4 bilhão de euros em estações de tratamento e projetos de recuperação para tornar o Sena limpo o suficiente para receber eventos como maratona aquática e triatlo durante os Jogos de 2024. Hidalgo destacou que a Olimpíada foi um impulsionador crucial para a limpeza do rio.
Em contraste, a situação do rio Tietê em São Paulo apresenta problemas ambientais semelhantes aos enfrentados pelo Sena, mas ainda enfrenta dificuldades na execução de obras de despoluição. Uma nova tentativa está sendo feita pelo atual governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), com o Programa IntegraTietê para abordar a poluição do rio com medidas como desassoreamento e melhoria das condições ambientais. O programa já beneficia quatro municípios do Alto Tietê e inclui investimentos como o desassoreamento de 44,2 quilômetros do rio, com um aporte total de R$ 5,6 bilhões planejado até 2026, apontando um avanço importante na revitalização da fonte hídrica.
Enquanto o Sena já mostra resultados tangíveis e está pronto para o desfrute das pessoas, a recuperação do Tietê ainda está em andamento. A principal diferença entre os dois casos é a persistência das políticas públicas e a duração dos investimentos. O Sena passou por um processo intensivo e contínuo de recuperação desde 2018, beneficiado por um forte impulso econômico e político, enquanto o Tietê enfrenta um processo de recuperação lento e custoso, refletindo um cenário onde a implementação e o cumprimento das promessas ainda estão em progresso.