A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros onze auxiliares dele no caso das vendas ilegais de joias presenteadas por autoridades internacionais. A corporação acredita ter provas robustas para incriminar Bolsonaro e ex-assessores. O relatório da corporação foi concluído e enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que é o relator do caso. O STF informou que a íntegra do processo deve chegar à Corte nesta sexta-feira (5). Esse documento será avaliado pela Procuradoria-Geral da República, que vai decidir se pede novas investigações, se oferece denúncia ou se arquiva o caso.
O ex-presidente ganhou joias e presentes no exercício do mandato. Havia um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico entregue a Bolsonaro em uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019. Investigações apontam que parte desses itens começou a ser negociada nos Estados Unidos em junho de 2022 – no último ano do mandato.
Bolsonaro sempre negou irregularidades. A defesa dele disse que não iria se manifestar neste momento por não ter acesso ao documento da PF.