Um dos planos mais inovadores da economia mundial completou 30 anos. Nos anos de 1990, o Cruzeiro Real, uma moeda corroída pela hiperinflação, dava lugar ao Real, que estabilizou a economia brasileira. Uma aposta arriscada após sucessivos fracassos econômicos. Apesar do claro avanço notável, o projeto recebe críticas da Esquerda. O site oficial do PT aproveitou a data para publicar uma nota na qual reforça os efeitos colaterais da moeda – no então Governo de Itamar Franco, o partido liderado por Lula votou contra o Real.
“O objetivo maior do Plano Real foi alinhar o país com os princípios do chamado ‘Consenso de Washington’, inseri-lo na globalização financeira e comercial, atendendo a interesses externos e das elites econômicas do país. Um modelo totalmente na contramão dos princípios da Constituição cidadã de 1988”, diz a reportagem.
Mas a realidade comprova a eficiência de todo o projeto liderado pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Outro pai do Plano Real, o economista Edmar Bacha, presidente do BNDES no início do Governo FHC, fez questão de destacar as melhorias econômicas que acompanharam Real, em uma entrevista recente à Agência Brasil.
“O plano deu poder de compra ao salário do trabalhador. O salário não derretia mais, e o trabalhador não tinha de correr para o supermercado no primeiro dia em que recebia o seu salário para chegar antes das maquininhas remarcadoras de preços”, concluiu o especialista.