Lula da Silva (PT) autorizou mudanças na meta de inflação, decisão que foi tomada em reunião na tarde de terça-feira (25) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo. Desde 1999, o Brasil utiliza um sistema de metas de inflação baseado no IPCA, que deve ser alcançado entre janeiro e dezembro de cada ano. A proposta de Lula visa flexibilizar essa meta para não estar restrita ao ano-calendário, o que pode evitar ajustes bruscos na taxa de juros.
A mudança na meta de inflação foi anunciada oficialmente nesta quarta-feira (26) pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, com expectativa de que a meta fique em 3%. A definição será feita pelo Conselho Monetário Nacional, composto pelos ministros Fernando Haddad e Simone Tebet (MDB), do Planejamento, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Segundo Lula, a nova meta permitirá uma maior estabilidade econômica e um controle mais eficiente da inflação a longo prazo.
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a situação fiscal do país não será usada como desculpa para não atingir a meta de inflação. “De maneira alguma iremos utilizar o fiscal como muleta para não perseguir a meta de inflação. O Banco Central tem as ferramentas para atingir a meta e irá utilizá-las”, disse Galípolo.