O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) decidiu nesta quinta-feira (23) pela absolvição do governador Cláudio Castro (PL), do vice-governador Thiago Pampolha (MDB) e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar (União Brasil). A decisão foi tomada após acusações do Ministério Público Eleitoral de que os políticos teriam utilizado cargos públicos de forma irregular para fins eleitorais em 2022, configurando abuso de poder político e econômico.
O relator do caso havia apontado falta de transparência no uso da máquina pública durante o período eleitoral, o que teria prejudicado a análise dos cidadãos sobre a aplicação de recursos públicos. Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral, os investigados teriam utilizado servidores temporários como cabos eleitorais e desviado recursos públicos.
Além de Cláudio Castro, outros nove investigados também foram julgados, incluindo deputados estaduais e federais. Caso novas provas sejam apresentadas e a condenação de Castro seja eventualmente reconsiderada, ele poderá se tornar o sétimo governador do Rio de Janeiro a ser afastado ou preso após o fim do mandato desde a redemocratização. Antes dele, já foram afastados Moreira Franco, Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho e Wilson Witzel. Marcelo Alencar foi o único a cumprir seu mandato de forma completa entre 1995 e 1999, destacando a persistente crise política no estado.