Diante o cenário de cortes da Selic, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a decisão sobre a taxa referencial foi pautada por critérios técnicos e consideração de todos os argumentos durante o debate no Comitê de Política Monetária (Copom). Ele destacou que a maioria dos diretores reconheceu a necessidade de reduzir o ritmo do corte na taxa básica de juros.
Na última reunião do Copom, os diretores divergiram entre um corte de 0,25 ponto percentual e 0,50 ponto percentual na taxa Selic. Os membros indicados pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva, votaram por um corte maior, enquanto outros membros do comitê e Campos Neto apoiaram um corte menor, fixando a taxa em 10,50% ao ano.
Campos Neto ressaltou que a decisão foi influenciada pela desancoragem das expectativas de inflação, bem como por preocupações relacionadas ao mercado de trabalho robusto, a inflação de serviços e alimentos, a incerteza política e o cenário externo, especialmente a taxa de juros americana. Ele frisou que todas essas variáveis foram minuciosamente analisadas visando garantir a estabilidade econômica e o controle da inflação no país.