O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi injusto com o Legislativo ao dizer que o Congresso precisa ter responsabilidade fiscal.
“Sob o prisma da despesa, não nos esqueçamos que teto de gastos, reforma da Previdência e modernização de marcos legislativos, como o do saneamento básico, são obras do Congresso. Sem contar a pauta de 2023 que cumprimos em favor de uma arrecadação recorde do estado brasileiro. Portanto, a admoestação do ministro Haddad, por quem tenho respeito, é desnecessária, para não dizer injusta com o Congresso”, disse.
Haddad concedeu uma entrevista na qual se queixou da atuação do Congresso em relação à meta fiscal do Governo, principalmente sobre os recursos do Perse – Programa Emergencial para Setores de Eventos – e da desoneração da folha de pagamento sobre os 17 setores que mais empregam no país.
A situação se tornou crítica após a União acionar o Supremo Tribunal Federal contra a desoneração. Como consequência, o ministro da Corte, Cristiano Zanin, suspendeu trechos da lei que prorroga o benefício até 2027.
O Senado, por sua vez, já recorreu da decisão.