Após descumprir o acordo com Washington em oferecer eleições abertas e justas, o regime socialista da Venezuela volta a sofrer a imposição de sanções dos Estados Unidos.
Desde outubro, Washington havia ameaçado repetidamente retomar as sanções energéticas a menos que Maduro cumprisse suas promessas, que levaram a um alívio parcial das medidas após um acordo eleitoral alcançado entre o governo e a oposição venezuelana para a realização de eleições livres e limpas.
As sanções à indústria petrolífera da Venezuela foram impostas pela primeira vez pelo governo do presidente Donald Trump em 2019, após a vitória eleitoral de Maduro, a qual os Estados Unidos e outros governos ocidentais não reconheceram.
No entanto, Maduro cumpriu alguns compromissos sob o acordo do ano passado, mas descumpriu em outros, incluindo permitir que a oposição apresentasse o candidato de sua escolha contra ele na disputa presidencial de 28 de julho, disseram funcionários a jornalistas nesta quarta-feira (17).
“Áreas em que eles ficaram aquém incluem a desqualificação de candidatos e partidos por tecnicismos e o que vemos como um padrão contínuo de assédio e repressão contra figuras da oposição e da sociedade civil”, disse um funcionário.
A retirada do elemento mais importante no alívio das sanções marca um importante recuo da política de Biden em relação a ditadura de Maduro.
A decisão dos Estados Unidos foi influenciada por preocupações sobre se a restauração das sanções ao setor energético da Venezuela poderia impulsionar os preços globais do petróleo e aumentar o fluxo de migrantes venezuelanos em direção à fronteira com o México, enquanto Biden busca a reeleição em novembro.