A dívida bruta do governo brasileiro voltou a subir em 2023, atingindo 74,3% do PIB, após dois anos de queda. Os dados recentes, divulgados pelo Banco Central, apontam um aumento de 2,7 pontos percentuais em relação a dezembro de 2022. Esse cenário preocupa analistas, visto que a última vez que a dívida havia crescido foi em 2020, em meio à crise da pandemia de Covid-19.
O déficit nas contas públicas em 2023 alcançou R$ 249,1 bilhões, ou 2,29% do PIB. Esse rombo é atribuído, em parte, às políticas adotadas anteriormente, como o limite no pagamento de precatórios, ação criticada pelo atual governo petista. Com despesas crescentes, especialmente com juros, que totalizaram R$ 718 bilhões em 2023, especialistas destacam que o problema fiscal brasileiro está longe de ser resolvido, aumentando as preocupações com a solvência do país nos próximos anos.
Apesar das tentativas de atribuir a deterioração das contas públicas a governos anteriores, como fez o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) ao mencionar um suposto “calote” de Bolsonaro, a realidade é que os problemas fiscais persistem sob a gestão de Lula. A Genial Investimentos destaca em seu relatório a continuidade do elevado risco fiscal brasileiro, ressaltando a necessidade de medidas urgentes para reverter esse quadro preocupante.