O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, oficializou a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas para 10 de março. A dissolução é produzida como reação à renúncia do primeiro-ministro socialista António Costa em novembro, que tinha desencadeado uma crise política no país.
A crise teve início em novembro com uma série de detenções que resultaram na acusação formal do chefe de Gabinete de Costa e do ministro das Infraestruturas, em um caso de tráfico de influências e corrupção. O Ministério Público indicou que o próprio primeiro-ministro seria alvo de uma investigação separada. Costa, que lidera o país desde 2015, imediatamente renunciou e anunciou que não buscaria outro mandato.
Os detalhes exatos da possível participação de Costa em um caso de prevaricação, uma infração cometida por um funcionário eleito que utiliza suas funções para beneficiar ou prejudicar alguém, ainda estão em processo de investigação.
O Partido Socialista, embora lidere as pesquisas, não conquistaria a maioria absoluta nas eleições de março. Em dezembro, o partido indicou Pedro Nuno Santos como novo secretário-geral, o que poderia ser uma das razões, além do escândalo recente, destes números nas pesquisas.
Enquanto isso, o partido de direita “Chega”, que emergiu como a terceira força política com 12 deputados nas eleições de 2022, iniciou sua campanha eleitoral após realizar um congresso no último final de semana no norte do país. Segundo estudos, o “Chega” amplificaria seus resultados nestas eleições, sem alcançar o Partido Socialista e os social-democratas. Todavia, o “Chega” exige participar do governo que viabilizarão os deputados do partido.