No último sábado, o pré-candidato à prefeitura de São Paulo e deputado federal (PSOL-SP), Guilherme Boulos, oficializou uma aliança com a ex-prefeita petista Marta Suplicy, consolidando uma costura política que contou com o aval de Lula (PT). O encontro entre Boulos e Marta na residência da ex-prefeita foi envolto em uma atmosfera de negociações políticas.
Eduardo Suplicy, ex-marido de Marta e atual articulador da chapa PSOL-PT, propôs um debate prévio no PT antes da oficialização da ex-prefeita, destacando a presença de outras possíveis pré-candidatas, como a deputada federal Juliana Cardoso e a vereadora Luna Zaratini. Entretanto, Rui Falcão, também articulador da aliança, refutou a necessidade de prévias para a escolha do vice, argumentando que no PT tal prática é comum apenas para vereadores ou na seleção do candidato à presidência municipal.
A iminente filiação de Marta ao PT, cujos detalhes serão discutidos em uma reunião do diretório municipal na terça-feira (16), levanta questionamentos internos devido à forma polêmica com que deixou o partido em 2015. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, utiliza o argumento de formar uma frente ampla contra o bolsonarismo em São Paulo, especialmente diante da busca de Ricardo Nunes pelo apoio de Jair Bolsonaro, para justificar a reintegração de Marta e superar as resistências internas.