Agências de inteligência da Coreia do Sul acusaram a Coreia do Norte de fornecer armas ao grupo terrorista Hamas, intensificando o conflito entre potências com forte influência na região.
A principal evidência apresentada foi uma fotografia divulgada pelo Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul, mostrando um foguete impulsionado a granada F-7 norte-coreano supostamente utilizado pelo Hamas em seu conflito com Israel.
Embora a inteligência sul-coreana afirme possuir evidências específicas sobre a escala e o momento do suposto fornecimento de armas pela Coreia do Norte ao Hamas, admitiu que apresentar tal evidência é desafiador. Ainda não houve apresentação de mais provas que reforçassem a acusação.
O que sim é um indício claro, é a influência dos Estados Unidos nas acusações de Seoul, que fez as mesmas afirmações no passado, com Pyongyang negando consistentemente qualquer envolvimento no fornecimento de armas ao Hamas. Os EUA, juntamente com a Coreia do Sul e Israel, afirmaram anteriormente que armamentos norte-coreanos foram utilizados pelo Hamas durante um ataque a Israel em outubro.
A Coreia do Norte rejeitou rapidamente esses relatos, rotulando-os como “infundados” e acusando os EUA de espalhar rumores falsos para desviar a culpa pela crise no Oriente Médio. Em um editorial publicado pela agência de notícias KCNA controlada pelo Estado, a Coreia do Norte referiu-se às alegações como parte de “uma manobra para desviar a atenção” daquilo que chamaram de “política hegemônica de Washington”.
Vale ressaltar que a Coreia do Norte enfrentou acusações semelhantes recentemente, com um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA alegando que mísseis balísticos norte-coreanos foram usados por forças russas em um ataque à Ucrânia. Moscou negou prontamente essas alegações, enfatizando que não obtiveram armas da Coreia do Norte. À medida que as tensões aumentam e as acusações são lançadas, a situação continua a se desdobrar no contexto de dinâmicas diplomáticas complexas.