O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou uma iniciativa de segurança inovadora, parte do abrangente “Plano Fênix”. O plano inclui a construção de duas prisões de segurança máxima, inspiradas no modelo de “mega-prisão” introduzido pelo presidente salvadorenho Nayib Bukele em 2023.
As novas prisões, projetadas e construídas pela mesma empresa responsável por instalações semelhantes no México e em El Salvador, deverão estar operacionais em 11 meses, com início da construção agendado para 11 de janeiro.
“Elas serão iguais, porque é a mesma empresa, sob o mesmo projeto, que fez as prisões de segurança máxima no México e que fez em El Salvador”, afirmou o presidente Noboa, criando uma conexão do crime organizado na região. “Então, para todos os amantes de Bukele, é a mesma prisão. Se quiserem ir, dar uma volta, conhecer, passar uma noite – cometam um crime”, desafiou Noboa aos criminosos.
Noboa revelou que as prisões estarão localizadas em diferentes partes do país. Esses locais foram escolhidos por serem áreas de menor influência de grupos narco-terroristas, com o objetivo de isolar os detentos mais perigosos e mitigar a ocorrência de massacres e tumultos nas prisões.
O Equador tem lidado com o aumento contínuo da criminalidade violenta, tornando-se o décimo país mais violento da região em 2022, com 4.603 mortes violentas registradas naquele ano. O aumento continuou na primeira metade de 2023, com mais de 3.500 mortes adicionais.
As propostas de medidas de segurança vem com mais veemência, entre outras razões, por causa do assassinato do jornalista Fernando Villavicencio em agosto de 2023 e de um tiroteio subsequente perto de um comício de campanha de Noboa.