O presidente argentino, Javier Milei, assinou um decreto em 30 de dezembro que reestrutura significativamente as Forças Armadas da nação, levando à aposentadoria de 22 generais do exército, sete almirantes e três brigadeiros.
O decreto, publicado em 2 de janeiro, propôs as mudanças mais significativas no comando das forças armadas desde 2003. No decreto, Milei propôs a designação de novos líderes em todos os ramos das Forças Armadas argentinas e nomeou o brigadeiro-general Xavier Julián Isaac como chefe do Estado-Maior Conjunto.
Comandantes ligados ao governo socialista anterior de Alberto Fernández foram supostamente removidos da estrutura de liderança do Exército, e a ascensão dos líderes mais alinhados com Milei provocou a demissão voluntária de outros militares de seus cargos. Por exemplo, no Exército, a nomeação do brigadeiro-general Alberto Presti como novo oficial principal desencadeou a aposentadoria automática de 22 generais superiores.
O total de aposentados representa dois terços do atual grupo de 55 generais da Argentina.
A reestruturação de Milei é a segunda maior de seu tipo na história da nação, superada apenas pela realizada pelo falecido presidente Raúl Alfonsín no momento do retorno da Argentina à democracia em 1983. A nova reestruturação é maior do que a realizada pelo falecido presidente socialista Néstor Kirchner em 2003, que provocou a aposentadoria de 19 generais.