Enquanto partes do mundo focam em festas pelo fim do ano, os bombardeios e artilharia em Gaza não param.
Mais de vinte mil mortes foram provocadas pelo conflito, onde terroristas do Hamas abriram a guerra mais violenta dos últimos anos na região. O timing calculado do ataque que iniciou a guerra, adicionou outra camada.
A data escolhida para o ataque em Israel carrega um peso histórico. O dia 6 de outubro marcava o 50º aniversário do início da Guerra do Yom Kippur, na qual Egito e Síria iniciaram ataques contra Israel, visando recuperar territórios perdidos na Guerra dos Seis Dias de 1967.
O confronto entre Israel e o Hamas desenrola-se em meio a negociações contínuas para que a Arábia Saudita reconheça formalmente Israel como um estado autônomo e independente – um desenvolvimento geopolítico apoiado pelos Estados Unidos e que gerou desaprovação do Irã, uma potência nuclear que se recusa a reconhecer Israel.
As negociações, todavia, não impediram o Estado de Israel nem o Hamas, de atacar em pontos nevrálgicos dos seus povos, como foi a incursão terrestre dos terroristas que culminou em um sequestro massivo de civis, muitos dos quais permanecem sob controle terrorista. Este grande sequestro provocou uma das maiores campanhas feitas pelo Estado israelense, “Bring them back home” (Traga-os de volta para casa em português), pode ser encontrado em diferentes partes do mundo, buscando apoios e criando consciência sobre os reféns.
Essas negociações deram seus frutos quando lograram um cessar-fogo e a libertação de 100 reféns e a entrada de ajuda humanitária em Gaza. A paz não seria duradoura, pois o Hamas executaria um atentado em Jerusalém contra civis que estavam em um ponto de ônibus. Um idoso de 73 anos e duas mulheres (24 e 60 anos) seriam mortos no ataque.
A situação na Cisjordânia segue piorando, assim como na fronteira com o Líbano, onde os terroristas de Hezbollah vem fazendo operações e provocando tiroteios com soldados israelenses. O ministro Gantz advertiu que se o governo libanês não controlava à facção, “o Exército israelense o fará”. Israel vem contendo operações do Hezbollah mediante bombardeios desde o começo do conflito com Hamas.
A Organização Mundial de Saúde denunciou a situação crítica nos hospitais na faixa de Gaza, e alertou que o crescente êxodo de refugiados pode provocar a propagação de doenças.