Na primeira viagem internacional no novo mandato, em janeiro, Lula foi à Argentina para tentar restabelecer relações entre o Brasil e o Mercosul. Em seguida, se encontrou com o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou. Logo depois, a Casa Branca anunciou Joe Biden e Lula para falar sobre temas como clima, segurança alimentar e desenvolvimento econômico. Daí veio a China e os Emirados Árabes.
Teve tour pelo Europa também: Portugal, Espanha e Inglaterra. Pausa no Japão e volta para Itália, Vaticano a França. Quando todos pensaram que o presidente ‘daria um tempo’ no Brasil, o próximo destino já estava traçado: Assunção, capital paraguaia, para a posse do novo presidente do país, Santiago Peña – em agosto.
Havia ainda muito mais disposição para uma sequência composta por Colômbia, Bélgica, Cabo Verde, África do Sul, Angola, São Tomé e Príncipe, Índia e Cuba – era óbvio que o petista faria uma parada para rever os ‘companheiros’ daquela ditadura. Já estamos em novembro e haja fôlego: Arábia Saudita, Catar e finalmente a Alemanha.
Feliz e sorridente, Lula fez um roteiro de causar inveja em muito viajante profissional por aí. Foram 62 dias no exterior. E tudo isso regado a excelentes restaurantes, passeios, hotéis de luxo e glamour – de acordo com o gosto apurado de Janja, a exigente primeira-dama.
E para onde vão todas essas contas? Quem paga por tudo isso? Bem, sabemos que nem só de boas notícias vive o jornalismo. Eis agora a parte triste: cabe aos brasileiros, com dificuldade até mesmo para abastecer o carro, arcar com cada uma dessas faturas ao se deparar com tantos impostos no decorrer do ano.
Se tudo correr dentro do planejado, essa situação tende a piorar.