No contexto do conflito entre Guiana e Venezuela pela região do Essequibo, exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Guiana foram realizados. O Comando Sul dos EUA anunciou a realização de exercícios que fazem parte do “engajamento e operações de rotina para melhorar a parceria de segurança” entre os EUA e a Guiana, com o objetivo de “fortalecer a cooperação regional”.
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A declaração também destacou a colaboração em preparação para desastres, segurança aérea e marítima, e combate a organizações criminosas transnacionais.
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, condenou os exercícios, chamando-os de “provocação infeliz”. Em um tweet, ele acusou os EUA de apoiarem os interesses da ExxonMobil na Guiana, descrevendo os exercícios como uma clara provocação contra a soberania da Venezuela. A disputa territorial entre Venezuela e Guiana remonta a mais de 120 anos, com a Venezuela contestando mais de dois terços do território atual da Guiana, conhecido como a região de Essequibo.
O Essequibo é em sua totalidade um território amazônico, que agora conta com presença militar norte-americana. Deve ser lembrado que a Comandante do Comando Sul, Laura Richardson, disse que, por seus infinitos recursos, a Amazônia é “um assunto de segurança nacional” para o governo norte-americano.
Por sua parte, o assessor de Relações Exteriores de Lula expressou preocupação com o uso da força pela Venezuela, instando ao governo de Caracas a não ameaçar seu vizinho. Enquanto o governo Lula enfrenta o governo que antigamente foi seu aliado, anúncios chegaram de que será restituída a importação de energia da Venezuela.
O secretário de Estado dos EUA, Antony J. Blinken, reiterou apoio inabalável à Guiana durante uma conversa telefônica com o presidente Irfaan Alí, enfatizando a necessidade de respeitar a decisão arbitral de 1899 sobre a fronteira terrestre entre Venezuela e Guiana.