Os membros do Mercosul, Lula (Brasil), Alberto Fernández (Argentina), Santiago Peña (Paraguai), Luis Alberto Lacalle Pou (Uruguai) e Luis Arce (Bolívia), se reuniram na 63ª edição da Cúpula de Presidentes do Mercosul no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
O evento aconteceu para formalizar a adesão oficial da Bolívia ao bloco, aprovada pelo Senado Federal no final de novembro.
A presidência do Brasil também foi transferida para o Paraguai durante a cúpula. No entanto, as discussões sobre as negociações entre o Mercosul e a União Europeia (UE) não alcançaram um acordo definitivo; enquanto a UE busca maior comprometimento ambiental, o Brasil defende políticas industriais.
Declarações negativas do presidente francês, Emmanuel Macron, também impactaram as negociações. Macron, durante a COP28, classificou o acordo como “antiquado” e expressou preocupações sobre os impactos ambientais, considerando Brasil e Argentina como grandes emissores de gases de efeito estufa.
Todavia, o chanceler Mauro Vieira afirmou que “o acordo ainda não foi concluído, mas continuamos a negociação e temos a perspectiva de concluí-lo em janeiro ou até fevereiro. Acho que seria o limite, dentro da Presidência paraguaia. Podemos ainda concluir tendo em vista a manifestação de interesse de ambas as partes”.
Em comunicado conjunto, Mercosul e UE afirmaram que estão “engajados em discussões construtivas” para finalizar questões pendentes no Acordo de Associação.
Apesar dos desafios com a UE, o Mercosul avançou em assinar o primeiro acordo do bloco com um país asiático, Singapura. O país asiático é uma peça fundamental nos investimentos do Mercosul, sendo um dos principais destinos das exportações sul-americanas.