Numa tumultuada sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o projeto de privatização da Sabesp foi aprovado com 98,4% dos votos, contabilizando 62 aprovações dos 63 votos totais. Enquanto a oposição boicotava o processo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) celebrava a vitória de uma das principais propostas de campanha no primeiro ano de seu mandato.
Antes da votação, o caos se instaurou no legislativo paulista. Manifestantes anti-privatização entraram em confronto com a polícia, forçando muitos a buscar refúgio nos banheiros para evitar o efeito do spray de pimenta.
O projeto agora segue para discussão na Câmara de São Paulo, uma vez que, segundo a legislação municipal, qualquer alteração no controle acionário da Sabesp resultaria na volta do serviço de água e esgoto para a prefeitura da capital.
O modelo proposto pelo governo destaca investimentos de R$ 66 bilhões até 2029, prometendo antecipar a universalização do saneamento quatro anos antes do plano atual.