Em setembro, o Brasil viu seu setor público consolidado enfrentar um déficit primário maior do que o esperado. O déficit primário, que representa a diferença entre o que o governo arrecada em impostos e outras fontes de receita e o que gasta, excluindo os custos com juros da dívida pública, atingiu 18 bilhões de reais. Isso sinaliza um desequilíbrio nas finanças públicas, já que o governo Lula (PT) gastou mais do que conseguiu arrecadar.
Essa reversão é notável, considerando que, no mesmo mês do ano anterior, durante a administração de Bolsonaro (PL), o Brasil havia registrado um superávit (saldo positivo) de 10,746 bilhões de reais. Além disso, as expectativas de alguns economistas apontavam para um superávit de 4,26 bilhões de reais.
No acumulado dos últimos 12 meses até setembro, o déficit primário corresponde a 0,97% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Isso significa que, ao longo desse período, as despesas do governo superaram as receitas em quase 1% do tamanho da economia brasileira, o que levanta preocupações sobre a sustentabilidade das finanças públicas.
Além disso, os números do Banco Central mostraram um aumento nas despesas com juros da dívida pública em comparação com o ano anterior, resultando em um déficit nominal de 99,8 bilhões de reais em setembro, acima das expectativas dos economistas, evidenciando a urgente necessidade de controlar as despesas públicas e reverter a tendência de crescente endividamento.