A organização de direitos humanos Prisoners Defenders soou o alarme sobre a crescente onda de repressão em Cuba, enquanto o mundo parece permanecer indiferente ao sofrimento do povo cubano. Em um relatório contundente divulgado esta semana, o grupo revela um aumento surpreendente no número de prisioneiros políticos na ilha, agora totalizando 1.052, um aumento acentuado em relação à contagem do mês anterior, que era de 1.045.
Em seu relatório mais recente que abrange o mês de setembro, a Prisoners Defenders pinta um quadro sombrio de uma nação sob o domínio de um regime brutal. O relatório afirma que “os cubanos enfrentam a selvageria horrível de um governo que baniu todas as liberdades, torturando os 1.052 prisioneiros de consciência e suas famílias em completo silêncio internacional.” Esta avaliação sombria encontra apoio em investigações conduzidas por alguns dos principais veículos de comunicação, como Time, Reuters, CNN, Político, Infobae, América TeVé e outros, que corroboram as suspeitas de envolvimento do governo cubano na invasão da Ucrânia.
O relatório também expõe os esforços incansáveis da ditadura cubana para sufocar o desacordo por meio do terrorismo patrocinado pelo Estado. Um exemplo trágico é o caso de Leadi Kataleya Naranjo Rillos, uma criança de três anos, filha do prisioneiro político Idael Naranjo Pérez, que foi convocada para interrogatório.
Outro caso comovente destacado pela organização é o da filha da prisioneira de consciência Gloria María López Valle, condenada a cinco anos de prisão por acusações fabricadas de “desordem pública e desacato”, na prisão de trabalhos forçados conhecida como “El Caramelo”. A Prisoners Defenders revela que o regime tomou a custódia de Nathalie Álvarez López, de 13 anos, sujeitando-a a um bullying abominável, ataques de pânico e até tentativas de suicídio. O sofrimento de Nathalie destaca as cruéis consequências enfrentadas pelas crianças de prisioneiros políticos, abandonadas por um sistema que se recusa a conceder a suas mães a liberdade condicional.
A Prisoners Defenders enfatiza ainda que todos os prisioneiros políticos e suas famílias sofrem tortura impiedosa, seja por defenderem sua inocência ou por denunciarem as condições desumanas nas prisões de Cuba. A organização ressalta a vulnerabilidade particular de menores, jovens, mulheres e a comunidade LGBTQ+ dentro do sistema prisional. Chocantemente, 80% dos detentos relatam ter sofrido pelo menos cinco formas diferentes de tortura, com alguns submetidos a até 15.
Até 30 de setembro de 2023, os registros da organização mostram um total de 1.052 prisioneiros políticos e prisioneiros de consciência cumprindo penas judiciais ou restrições impostas por promotores estatais sem supervisão judicial ou defesa legal.
A situação dos prisioneiros políticos em Cuba permanece uma preocupação internacional urgente, enquanto eles sofrem dores indescritíveis, o mundo observa em silêncio. A comunidade internacional deve atender ao chamado para abordar a crise de direitos humanos que se desenrola nesta nação caribenha.