O Paraguai tem se destacado como um destino atraente para empresas brasileiras em busca de um ambiente tributário mais favorável. Com uma política tributária que mantém alíquotas fixas de 10% para impostos fundamentais, incluindo o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), Imposto de Renda de Pessoa Física e Imposto de Renda de Empresas, o país vizinho tem chamado a atenção de investidores do Brasil.
O presidente paraguaio, Santiago Peña, reiterou seu compromisso de manter essas alíquotas baixas durante seu mandato, enfatizando a importância dos empreendimentos para a geração de empregos e o desenvolvimento econômico no Paraguai. Essa política tributária simplificada e previsível tem o potencial de atrair ainda mais investimentos do Brasil, especialmente em um momento em que o país enfrenta aumentos de impostos sob o governo de Lula (PT).
A crescente atração do Paraguai para investidores brasileiros tem repercussões importantes para a economia do Brasil, por exemplo:
- Fuga de capitais e investimentos: A manutenção de impostos baixos no Paraguai pode incentivar empresários brasileiros a transferir parte de seus investimentos para o país vizinho. Isso pode resultar em uma fuga de capitais do Brasil, reduzindo os investimentos locais e impactando negativamente a economia brasileira.
- Concorrência para o Brasil: O ambiente tributário atrativo do Paraguai cria uma competição direta com o Brasil na atração de investimentos estrangeiros e empresários. Empresas que buscam otimizar suas obrigações fiscais podem optar por estabelecer operações no Paraguai em vez de no Brasil, o que pode prejudicar o crescimento econômico do país.
- Redução da arrecadação: Com menos empresas e investidores contribuindo para a arrecadação de impostos no Brasil devido à migração de capitais, o governo brasileiro pode enfrentar problemas na obtenção de recursos para financiar programas sociais e infraestrutura. Isso pode levar a pressões para ajustes fiscais e reformas tributárias no Brasil.
- Impacto no emprego: A migração de investimentos para o Paraguai pode resultar na criação de empregos no país vizinho em detrimento do Brasil. Menos investimentos e operações no Brasil podem impactar negativamente o mercado de trabalho local e o nível de emprego.
Portanto, a continuidade da tendência de melhoria nas condições de investimento no Paraguai e o agravamento da situação no Brasil poderiam resultar na perda de competitividade do nosso país em relação a economias menores. Isso ressalta a urgência de reafirmar políticas fiscais e impulsionar a competitividade econômica no Brasil para manter e atrair investimentos locais e estrangeiros, como foi feito nos quatro anos anteriores ao retorno de Lula à presidência.