Funcionários dos Estados Unidos estão elaborando uma proposta para aliviar as sanções ao setor de petróleo da Venezuela, abrindo a porta para que mais empresas e países importem o petróleo venezuelano, sob a condição de que a Venezuela realize uma eleição presidencial justa e livre. Essas sanções foram impostas após a controversa reeleição de Nicolás Maduro em 2018. Até o momento, apenas algumas autorizações foram concedidas, incluindo uma à Chevron Corp em 2019.
A administração do presidente Joe Biden afirmou estar disposta a oferecer alívio nas sanções se a Venezuela “avançar na restauração da democracia”. No entanto, as conversas em curso entre o governo de Maduro e a oposição ainda não mostraram progresso significativo nessa direção, de acordo com a Casa Branca. Embora uma versão anterior da proposta tenha sido rejeitada em julho devido à falta de avanços concretos em direção a eleições justas, essa iniciativa poderia ser uma poderosa ferramenta de negociação em futuras conversas com o governo de Maduro.
“Se a Venezuela tomar medidas concretas para restaurar a democracia, conduzindo a eleições livres e justas, estamos preparados para aliviar as sanções correspondentes”, disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
A proposta em consideração permitiria que compradores de petróleo cru na Europa e em outras regiões retomem suas importações de petróleo venezuelano de maneira estruturada e organizada, se certos requisitos políticos forem cumpridos, incluindo a realização de eleições presidenciais. Restrições seriam mantidas para o comércio de petróleo venezuelano com países como China, Irã e Rússia, que estão sujeitos a sanções separadas dos Estados Unidos. A evolução dessa situação será crucial tanto para a economia da Venezuela quanto para o cenário geopolítico global.