Deputados do PT acionaram o ministro Alexandre de Moraes, do STF, solicitando a prisão preventiva do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A iniciativa, encabeçada por Lindbergh Farias e Randolfe Rodrigues, alega que o parlamentar, atualmente exilado nos Estados Unidos, estaria cometendo crimes como obstrução de justiça, coação no curso do processo e até atentado à soberania nacional. A ofensiva ocorre após Eduardo intensificar, em solo americano, denúncias sobre violações de direitos e abusos de poder cometidos por instituições brasileiras, especialmente o governo Lula (PT) e o Supremo Tribunal Federal (STF).
A representação dos petistas menciona, sem provas, que Eduardo teria atuado diretamente para influenciar medidas econômicas impostas ao Brasil, como a recente taxação de 50% sobre produtos brasileiros, atribuída ao presidente Donald Trump. Segundo a queixa-crime, o parlamentar teria celebrado publicamente a decisão ao lado de Paulo Figueiredo, o que, para os autores, configuraria “traição à Pátria”. Também foram incluídas no pedido menções a discursos nos quais o deputado classificaria o Brasil como uma “ditadura comunista” e sua ligação com supostos planos de golpe investigados pela Polícia Federal.
Além da prisão, os parlamentares solicitam que Moraes adote medidas cautelares, como bloqueio de bens e cancelamento do passaporte diplomático. Paralelamente, o deputado Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos, pediu à PGR a extradição de Eduardo Bolsonaro. O advogado-geral da União, Jorge Messias, também responsabilizou o deputado pela crise comercial: “Ele foi à Casa Branca conspirar contra o seu país”, declarou à CNN. Messias afirmou ainda que o parlamentar poderá ser processado por danos ao país, incluindo dano moral coletivo.
