A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) criticou neste final de semana a articulação do deputado federal André Fernandes (PL-CE) em favor de uma aliança com o ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) para o governo do Ceará. Durante o lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo-CE), Michelle afirmou que houve precipitação na decisão do PL e declarou que não se sente representada por esse movimento, reforçando que seu grupo feminino seguirá apoiando Girão. A fala expôs divergências internas no partido e abriu espaço para um embate direto com os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A repercussão foi imediata nas redes sociais, levando Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carlos Bolsonaro (PL-RJ) a se posicionarem em defesa de Fernandes. Eduardo classificou como “injusto e desrespeitoso” o ataque ao deputado cearense, lembrando que a decisão de apoiar Ciro Gomes foi tomada pelo próprio Jair Bolsonaro (PL). Carlos, por sua vez, destacou a necessidade de união em torno da liderança do pai, alertando contra divisões internas que poderiam enfraquecer os conservadores em disputas estaduais.
Diante da polêmica, a direção nacional do PL convocou para terça-feira (2) uma reunião com Michelle, o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, e os senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O objetivo é alinhar discursos e evitar novos atritos em torno das alianças regionais para 2026. O episódio reforça a disputa por protagonismo dentro do partido, em um momento em que a direita busca consolidar candidaturas fortes contra adversários ligados ao governo Lula.
