Durante as celebrações do 2 de Julho na Bahia, Lula da Silva (PT) foi às ruas de Salvador para defender a taxação dos chamados “super-ricos”. Ao lado de aliados políticos, como o governador Jerônimo Rodrigues (PT), Lula ergueu um cartaz pedindo “mais justiça tributária e menos desigualdade”, numa ação simbólica amplamente divulgada em suas redes sociais. O gesto ocorre enquanto o Palácio do Planalto tenta emplacar medidas que ampliem a arrecadação federal com foco na elite econômica, em meio à resistência do Congresso Nacional.
O tema da tributação reacendeu o conflito entre o Executivo e o Legislativo, especialmente após a Câmara derrubar um decreto do governo que alterava alíquotas do IOF. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), justificou a decisão como um freio ao aumento da carga tributária. Em resposta, o governo acionou o STF por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), alegando que o ajuste visa apenas os mais ricos. Lula, ao comentar o caso, afirmou: “Não estamos propondo um aumento de imposto. Estamos fazendo um ajuste tributário para que os mais ricos paguem um pouco”, conforme declarou nesta quarta-feira (2).
A ofensiva do governo é sustentada ainda por medidas como a isenção de Imposto de Renda para rendas mensais de até R$ 5 mil, que o próprio petista classificou como concessão em prol dos mais pobres. Lula defendeu a diferenciação entre salário e renda e criticou a reação de setores mais abastados: “Quando a gente coloca que as pessoas que ganham mais de R$ 1 milhão têm que pagar um pouquinho mais, há rebelião”. A fala foi proferida durante o lançamento do Plano Safra 2025/2026, onde o líder esquerdista também rebateu críticas sobre responsabilidade fiscal em seu governo.
