Em decisão anunciada na madrugada de segunda-feira (10), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu anistia ampla a mais de 70 aliados políticos envolvidos em ações que contestaram o resultado da eleição presidencial de 2020. A medida, considerada estratégica por setores conservadores, busca proteger os beneficiados de futuras acusações federais, mesmo que não tenham sido formalmente condenados. A iniciativa ocorre no 294º dia do segundo mandato de Trump e reforça sua posição de enfrentamento ao sistema político que validou a vitória do democrata Joe Biden em meio a denúncias de fraude.
Entre os nomes contemplados estão figuras centrais da articulação jurídica e política que tentaram impedir a certificação do resultado eleitoral, como Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York; Mark Meadows, ex-chefe de gabinete; e John Eastman, advogado que propôs alternativas para reverter o processo. O indulto, embora não afete processos em instâncias estaduais, representa um gesto de respaldo àqueles que alegaram fraude nas urnas. A decisão também marca um contraste com o governo anterior, que concedeu mais de 4 mil indultos sem critérios políticos claros.
A proclamação do perdão foi acompanhada por manifestações de apoio de parlamentares republicanos, como Marjorie Taylor Greene, que classificou os beneficiados como defensores da integridade eleitoral. O advogado da Casa Branca, Ed Martin, afirmou que os indultos fazem parte de um “processo de reconciliação nacional” e agradeceu ao presidente por permitir a atuação conjunta com procuradores federais. A autoridade presidencial para conceder perdões federais é ampla e independe de aprovação do Congresso ou da Suprema Corte, segundo a legislação vigente nos Estados Unidos.











