O governo sul-coreano comunicou que não cumprirá a exigência de pagar US$ 350 bilhões à vista aos Estados Unidos, como parte do acordo para redução de tarifas comerciais. A proposta original previa que o valor seria investido em aquisições ou projetos em solo americano, mas Seul agora busca alternativas como empréstimos, garantias e participação acionária.
O assessor de Segurança Nacional, Wi Sung-lac, afirmou que o pagamento imediato é fiscalmente inviável e não se trata de uma manobra de negociação. A insistência de Donald Trump em receber o valor antecipadamente gerou impasse, já que a Coreia do Sul esperava um modelo escalonado de investimento.
A tensão entre os dois países se intensificou, com receios de que a exigência sem salvaguardas — como um acordo de swap cambial — possa desestabilizar a economia sul-coreana. Em resposta, o presidente Lee Jae Myung anunciou a abertura do mercado de câmbio por 24 horas para conter a volatilidade do won.
Embora também esteja em debate uma nova categoria de vistos para trabalhadores sul-coreanos nos EUA, essa pauta não está diretamente ligada ao impasse financeiro. A ambiguidade do acordo e a pressão interna em Seul para rejeitar exigências consideradas excessivas aumentam o desgaste diplomático.
